sábado, 8 de abril de 2017

Guerra na Síria: Resumão

Muitas pessoas estão tentando acompanhar o que ocorreu na Síria está semana, mas muitas estão completamente perdidas. Vou ajudar vocês, vamos lá. 
   Nesta terça-feira a pequena cidade de Khan Shiju sofreu um bombardeio químico causado por aviões contendo substâncias tóxicas proibida em tratados internacionais. O acusado de promover o ataque é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, junto ao presidente da China, Xi Jinping. O atentado deixou mais de 80 mortos, entre eles 30 crianças (até então). A cidade alvo é um refúgio de extremistas. 
Por que os Estados Unidos atacou a Síria tão severamente?
   Vamos do começo. A Guerra envolve não só a Síria e os EUA, mas também envolve a Rússia, a França e a China, mas não se engane achando que o governo sírio está lutando contra os países acima citados, o governo da Síria está ao lado deles. Antes de todas essas potências entrarem na briga, em 2011 a Síria enfrentava uma Guerra Civil. No ano de 2011 estudantes de uma escola em Daraa foram presos sob a acusação de terem escritos slogans contrários ao regime. Logo depois ocorreu a primeira grande manifestação em Damasco - capital da Síria - contra Assad. Em agosto do mesmo ano o então presidente dos EUA Barack Obama e a União Européia pedem para que Assad deixe o poder, ele permaneceu. Em outubro a Rússia e a China vetem uma resolução das Nações Unidas (ONU) condenando o regime na Síria. Basicamente, a Guerra começou com a Síria dividida em duas, um lado ia contra Assad, conhecido como o ditador da Síria, o outro ia a favor de Assad e o defendia. Até que outros países "incomodados" com tudo resolveram intervir e pedir a retirada de Assad do posto. Desde então a guerra vive, Assad não saiu do posto e todos que vão contra ele são descartados. Com a saída de Obama e a entrada de Trump, que apóia o modo de governo de Assad e acredita que para acabar com os rebeldes (com certeza quem está contra o governo de Assad são os errados) precisam da ajuda do próprio Assad. Esta guerra já deixou desde 2011 mais de 470 mil mortos na Síria. Frequentemente a Síria é bombardeada, tendo como alvo os extremistas, mas claro que a maioria dos mortos e feridos são civis. O problema do governo dos Estados Unidos está nos EL, onde o alvo são os terroristas. Vou deixar um mapa mostrando exatamente os locais na Síria e quem os possui, pra vocês entenderem melhor:


   Como você pode ver nesse pequeno resumo, tudo que a população tenta é viver bem e em paz em seu próprio país, o governo de Assad é repressor, é como uma ditadura militar (é até irônico o fato de Assad ter sido um médico militar) onde ninguém vive, e vamos viver sempre nessa guerra, pois enquanto ele não sair, a Síria ficará dividida, países de potência vão tentar expulsar essas pessoas que lutam por seus direitos, para ficarem em suas casas, em vez de expulsar quem realmente não devia estar ali. O governo não mesmo controla quase nada do próprio país, eles perderam o controle e só tende a piorar. Esses bombardeios têm como alvo os extremistas, mas acabam matando habitantes, crianças inocentes, pessoas que não tem nada haver com isso. Se quiserem uma guerra, façam, mas façam longe da população, uma guerra honrada onde só guerreiros morrem, e não pessoas inocentes que só querem ter suas vidas de volta. Nós aqui do Brasil apenas acompanhamos essa barbárie e observamos como as pessoas fazem tudo pelo poder, até mesmo abusar dele.
O que o governo brasileiro declarou disso tudo? De que lado o Brasil está?
   Acalmem-se, o governo do Brasil não apóia Assad, o Brasil está fazendo um papel lindo nessa história inclusive, recebendo refugiados e os ajudando a chegar até aqui (mesmo que seja longe como é, estão fazendo o possível), mas como todo governo, o governo brasileiro teve que escolher um lado, e decidiu ficar do lado da paz, discorda completamente da violência e intervenção armada. 

   A quem diga que essa é a "Guerra da nova geração", definitivamente não se pode nem se chamar de Guerra Mundial, porque as grandes guerras eram delimitadas, não morriam inocentes como se morre nesta. Perdia vidas? Sim, mas não como essa, e essa guerra não tem nenhuma previsão de ser encerrada. Um governo que quer seu país completo, não aos pedaços. Extremistas que querem dominar um país e inocentes, que querem apenas poder viver em paz, trabalhar e criar seus filhos, em vez de preferir atravessar oceano e correr perigo pra talvez, ter uma chance de salvar a própria vida. Cidades perdidas, pessoas perdidas, talvez até mesmo um destino perdido, pessoas fugindo, um governo sem poder, extremistas no poder, qual realmente é o problema? Ou seria quem... Existe também uma guerra dentro da guerra, onde um grupo de pessoas não escolheram um lado, escolheram apenas ficar do lado deles mesmos.

Se tiver alguma duvida, mande no instagram: @psicologisocial