sexta-feira, 10 de março de 2017

Goleiro Bruno/Caso Eliza

   O assunto do momento é "A volta do goleiro Bruno". Em pauta está, será que ele merecia ser solto? Será que ele merece uma segunda chance na vida, na carreira e como ser humano? E eu te pergunto, será que ele é um ser humano? 

   Bruno Fernandes era goleiro do considerado maior clube do Brasil, tinha uma carreira firme de goleiro, era casado e tinha uma vida normal, normal até demais. Então, Bruno foi acusado a 22 anos pelo assassinato da modelo e atriz Eliza Samúdio, claro que ele não foi o único acusado, mas o foco aqui é ele. Bruno resolveu jogar toda sua carreira no lixo quando se envolveu nessa história. Antes de falecer, em 2009, Eliza registrou boletins de ocorrência alegando cárcere privado, será que isso seria pura coincidência? O sangue de Eliza foi encontrado no carro de Bruno, testemunhas contaram que o corpo foi esquartejado e coberto com concreto, o corpo nunca foi encontrado, mas será que só por isso, não a crime? Em minha visão, não a crime quando não se tem provas, e tem provas. A justiça não falhou em condenar, falhou em soltar e dar liberdade. Por mim ficava na cadeia até morrer.
   Eu não entendo pra que dar segunda chance a Bruno, se Eliza nunca vai ter uma segunda chance. Se o filho de Eliza nunca vai ter uma mãe. O clube que contratou Bruno tá errado nessa história? Sim. "Mas Carol, o clube só contratou o Bruno porque ele é um ótimo goleiro." Ok, e mesmo sabendo que era um bom goleiro, ele resolveu jogar toda sua carreira no ralo pra não pagar pensão. Ele tirou uma mãe, uma filha e não deixou nem um corpo para ser enterrado. Não deixou nem certezas, deixou dor e desespero. Como vocês acham que a família de Eliza se sente sabendo que ela foi sequestrada, asfixiada e esquartejada? É no lugar deles que eu me coloco.
   A justiça do país é falha, sempre. Foi um erro dar a liberdade dele assim como houve outros mil erros até hoje, e haverá outros mil. Mas não é por que a justiça falhou, que também temos que falhar aceitando um assassino em meio a sociedade. Se ele tivesse sido acusado sem provas, sem motivo, ai sim, mas não foi isso que aconteceu!