quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Descriminação do Aborto

   A maioria da primeira turma do STF (Supremo Tribunal Federal) firmou a decisão de legalização do aborto nos primeiros três meses de gestação. Ou seja, antes das 12 semanas de gravidez, a mulher pode procurar um hospital e tirar o feto. “Porque até o terceiro mês pode? Qual a diferença do terceiro para os outros?” Bom, de acordo com os defensores dessa ideia, um embrião de 12 semanas ainda não contem sistema nervoso, assim não sentiria e não sofreria conseqüências com o ato. Para eles, um feto é um bebê apenas quando é capaz de sonhar e perceber coisas maternas, definição que vem do filosofo Aristóteles, de acordo com ele era nesse momento que a criança ganhava alma.
   Essa decisão do STF me leva a questionar tudo que li hoje nas redes sociais, coisas como, por exemplo: “Meu corpo, minhas regras.”. Ou pessoas que defendem que estamos em um século que as mulheres têm o poder de decidir se querem ou não ser mães. Cheguei a presenciar até uma alma alegando que é impossível evitar uma gravidez. Isso me fez pensar e tentar chegar a uma conclusão de qual é meu pensamento sobre esse assunto. Bom, primeiramente quero deixar claro que sou completamente “não ligo” a respeito dessa lei. Segundo, quero deixar mais claro ainda que eu não seria capaz de tal ato, e pra mim isso que tem valor. Mas não por religião, ou por direitos, mas sim por princípios e responsabilidade. Acho sim que todas as mulheres têm que ter o direito de decidir por si só, porem, a partir do momento que existe um feto, ela não está mais decidindo por ela mesma. Ela pode decidir por ela mesma ao tomar anticoncepcional (não vem pra cima de mim com esse papo de trombose, leia aqui), ela tem o direito de pedir por uma camisinha, masculina ou feminina na hora da relação. Ela pode decidir entre Diu, Siu, Diafragma, Anel Vaginal, Esponjas, Espermicidas, entre outros métodos. Se realmente não quer engravidar a ponto de abortar, usa todos ao mesmo tempo se preciso (brincadeira). Aborto não é um método contraceptivo, é covardia. Eu defendo sim a ideia de que se eu fiz, eu tenho que me responsabilizar pelas conseqüências e não passar ilesa. Mas isso, estou falando apenas por mim, quanto à fulana e ciclana, eu não me importo. Acho que temos o livre arbítrio para usá-lo e lidar com as conseqüências disto. O ser humano por si só tende a ser egoísta, e isso pra mim nada mais é que egoísmo.
   De acordo com as pesquisas, os países com índices mais altos de aborto, são os países que o ato é proibido, e eu não sou contra a descriminação, sou contra o ato. Ser contra ou a favor não está certo ou errado, apenas fale por si só. Não ache que as pessoas têm que pensar como você, concordar com o que diz ou fazer e deixar de fazer aquilo que você quer. Apenas diga “eu sou contra, por tais e tais motivos.” Fim. O mundo não precisa de mais discussões ou assuntos para virar motivo de guerra. Então evite isso.